Espaço e Tempo

O que será, que será???? Hoje faz 7 dias que entro em minha casa e converso com as paredes. É um tanto quanto inusitado, mas como já tenho voz, e não tenho meu amor e companheiro (sinto muita saudades), as paredes são o meu consolo (apenas intelectual, é claro). É pelo eco que me ouço até mesmo quando não há som que de fora se perceba.

Estou sozinha... Apesar da família, dos mil amigos e amores, que realmente gosto, amo, o encontro que venho me propondo, nestes dias, mesmo que seja díficil, é comigo.

Nossa, como está sendo díficil conseguir manter este contato. Afinal de contas, moramos em São Paulo, tanta gente interessante ligando, tanta saudades de ouvir vozes amigas falando de si e de outros, qual o sentido desse auto-encontro?

Não penso que é porque me basto, mesmo porque esta questão, comigo mesma, já foi resolvida. E a conclusão é que não vivo só. Aí que angustia, acabo de excluir o ponto final desta questão, pois hoje, tenho plena convicção que me basto, mesmo que seja apenas por algumas horas, mesmo que seja apenas neste exato momento.

Sinto necessidade desta auto-suficiência, mas ao mesmo tempo um auto-julgamento terrível por isto. Uma parte de mim sugere arrogância e outra, a que eu prefiro concordar, apenas um pouco de espaço neste mundo apertado.

Por acaso alguém acha que é fácil ouvir os ecos das profundezas da minha alma, das cavidades do meu espírito, do pulsar do meu coração, do silêncio do meu ar, do vazio das minhas palavras...? Aí, como gritam! Não acho nada fácil!

Pensar e refletir. Pensar e refletir. Pensar e refletir. Pensar e refletir. Pensar e refletir.




Agir.


É para isso que precisamos nos dar es-pa-ço e teeeeeeeeeeeeeeempo.


Boa noite.

Beijos

Dani Rocha