Foi no Carnaval que Passou




Lindo,

Este trabalho foi um verdadeiro presente... Esta nas fotos é a Helena (apaixonante!).

Paulo, parabéns pelo texto!
Elô, parabéns pela direção!
Ti, valeu!
A todos que trabalharam no projeto e foram assistir, um grande beijo!

Beijos

Daniela Rocha

O que realmente importa?



Ontem aconteceram coisas muito especiais, além das que já acontecem todos os dias: minha irmã está no BR (eu estava morrendo de saudades daqueles olhinhos verdes), participei das Satyrianas (foi muito legal), fechamos o ano com o espetáculo Game (maravilhoso!), comi pizza e assisti filme com toda minha família, fui numa comemoração na casa de uns amigos do teatro. Nossa cheguei em casa quebrada. Dormi como um anjo.

Hoje me pergunto: o que realmente importou e fez diferença no dia que passou?

Vou pensar um pouquinho... Acho que se eu repondesse agora, neste exato momento, esta breve reflexão não faria sentido. Ou então o que importaria e tornaria realmente um dia especial?

Está certo! Acho que já pensei um pouquinho e posso até acreditar que ontem foi um dia de colheita. Talvez eu não achasse que esta seria tão farta. Posso atribuir isto ao solo que plantei, as sementes que espalhei, a chuva que chegou, ao vento que soprou, ao sol que fortaleceu. Rs. A Deus que a tudo juntou.

Começo esta semana com este pensamento. Me emociona lembrar e saber que o que realmente importa é tão pouco que se deve ser feito. A parte que me cabe é no mínimo uma obrigação de querer, ao menos tentar, fazer as coisas direito. Respeitar a terra, entender o tempo, acreditar que para tudo existe um propósito.

Ah, o que é fazer direito? Eu sei, mesmo que na maior parte das vezes tentamos nos enganar, nós todos sabemos.

Faça um teste: quando fechamos os olhos, tiramos o cheiro, ocultamos o sabor, bloqueamos o som, neste vazio percebemos o que sobrou. Podemos dizer que conseguimos extrair um pouco da essência do saber o que é direito e necessário para si.

Respire fundo! Agradeça a Deus o dom da vida!

Bom dia! Boa semana! Tudo de bom!

Beijos

Daniela Rocha

Satyrianas 2007



Estarei em cartaz no festival de teatro Satyrianas 2007.

Para quem não conhece as Satyrianas é o maior festival do BR que reúne 78 autores em 78 horas de espetáculo.

SA peça que apresentarei, assim como todas da mostra, terá uma única apresentacão do texto "Foi No Carnaval que Passou", de Paulo Ribeiro com direcão da minha querida Eloisa Vitz.

Espero por vocês neste próximo final de semana dia 14/10 (domingo) as 13h na Praça Roosevelt.

mais informações: www.satyros.com.br

Um grande beijo

Dani Rocha

Tudo Vale a Pena Quando a Alma nao e Pequena.

Esta é parte de uma grande história das minhas pequenas férias...

Na semana passada tirei 7 dias de folga. Aliás, dias estes que aguardo desde janeiro. Quer dizer venho me programando desde janeiro. Pois é, vida de atriz não é fácil. Trabalhamos sábados, domingos e feriados e sobra muito pouco tempo para família.
Meu marido não é ator, é um artista, mas tem horários mais "convencionais". Ou seja, não conseguimos ficar muito tempo juntos. Costumamos dizer que vivemos no "Feitiço de Aquila" (lembram do filme?).
Estávamos nos encontrando tão pouco que ele até mesmo havia esquecido o quão especiais e esperados eram esses dias de folga. Afinal, era a minha folga e não a dele.
Eu não sabia para onde eu queria ir. Quer dizer, sabia sim: queria ir para a Espanha, masssssss, meu caixa não permitiu esta estravagância.
Então comecei a pesquisar o que seria algo sossegado e romântico. Dentre muitas opiniões colhidas, resolvi que iria para o Sul de Minas, depois me falaram sobre Paraty, que eu não conhecia. Fiquei muito em dúvida. Afinal de contas seriam momentos tão importantes que precisariam ser escolhidos com cautela.
Nos 5 dias que antecederam minha saída, Mauricio estava viajando (NY). Ele estava totalmente encantado com a cidade dos heróis e não se lembrava muito bem que suas férias se estenderiam por mais uma semana. Só que desta vez, comigo.
Chegou o dia de buscá-lo no aeroporto, eu estava suuuuper empolgada. Primeiro, porque eu estava morrendo de saudades e segundo porque eu estava ansiosa para a viagem de férias (curtas férias).
Ele chegou tão empolgado, com tantas novidades que foi preciso lembrá-lo novamente da nossa pequena lua-de-mel. Nossa, realmente era isso que eu esperava.
Pra ser bem sincera, eu não conseguia nem decidir sozinha para onde iríamos, pois como eu tinha uma expectativa alta, queria que fosse decidido por nós dois.
No final das contas decidimos que iríamos para Tiradentes, fazendo uma pequena (bem pequena) parada em Caxambu.
Nossa viagem estava programada para ficarmos 6 dias fora. No penúltimo sábado pegamos estrada.
Chegamos, depois de 6 horas, em Xambacú, quer dizer: Caxambú.
Alguém por aí já foi lá? Talvez até tenham passado e não perceberam, porque é tão pequeno que não dúvido que tenha passado batido.
Neste momento, eu preciso confessar uma coisa: eu amo cidade de águas. Coisa de velho né? Mas é o meu lado precoce tiazinha. Fico encantada e deliciada em estar num local que tenham águas sulfurosas, ferruginosas, gasosas, osas, osas.
Por isso, decidi que ficariamos por lá no dia seguinte, pois queria muito experimentar o balneário.
Quando acordamos fomos informados que o balneário estava fechado para reforma. Fiquei frustada, mas mesmo assim não me deixei abater. Ainda tinha uma certeza dentro de mim que dizia que algo valeira a pena naquela cidadela.
Realmente basta ter expirito e acreditar que tudo vale a pena quando a alma não é pequena.
Ficamos num hotel, que era um antigo cassino do século 19, chamado Palace Hotel. O mais incrível era entender aqueles 113 anos de história. É muito lindo. Sua arquitetura me fazia pasmar em conjunto com a decoração. É uma verdadeira viagem no tempo.
Os hóspedes, em sua grande maioria idosos, sentiam-se em total paz e reencontro com suas referências do passado. Pudera, até eu que ainda nem cheguei nos 30 anos, pude materializar referências vistas tão pouco de perto. O mais legal no hotel é que tudo pode ser palpado. Aí, como é bom olhar com os dedos.
Naqueles longos corredores, com imensos sofás eu observava os senhores com suas senhoras sentados, sem nenhuma pressa, sem nenhum movimento e durante horas apreciavam a decoração e a música, ah, a música. Esta mrece um capítulo a parte. Enfim, a grande verdade é que as vezes, tinhamos a sensação de estar em meio a bonecos de cera. Era estranho. De repente, quando havia um movimento, confortava-nos: Ufa, estavam todos vivos!
A música era tão agradável. O único problema é que elas se repetiam em looping o tempo todo, numa altura para desagradar qualquer ouvido de tuberculoso. Eram lindas, músicas clássicas que tocavam e davam vontade de sair bailando pelos corredores extensos. Na hora das refeições entravamos no salão e cada passo era um giro de valsa. Não resistiamos aquele movimento que nos impulsionava para a dança, mesmo sendo movimentos amadores.
Dia seguinte fomos passear de charrete, eu não posso ver uma charrete que quero passear. O guia nos falou sobre 2 possibilidades de passeio, sendo uma pela cidade inteira e outra para conhecer a loja dos cristais e a produção do mel. É claro, tínhamos tempo e vontade de conhecer, topamos o passeio completo. Não andamos nem mesmo 1 km e chegamos ao local dos cristas e mel. Quando a charrete ia parando eu percebi o chão forrado de galinhas. Bom, para quem me conhce sabe bem o pânico que eu tenho desse bicho. Desci na lojinha, lojeca, lojiquinha. Era realmente bem modesta. Não sabia nem o que falar, porque eu tinha que fazer mais força para mostrar que estava agradável do que realmente estava achando interessante. A loja era pequena e não mais diversificada que as barraquinhas da Pç. da República. Mesmo assim encontrei um anel para comprar. Depois fui ao balcão do mel. Era literalmente um balcão. O vendedor que nos atendeu falou que tinha pegado aquele mel na semana anterior a nossa chegada e que estava delicioso. Nos mostrou inclusive a caixa de onde retiravam o mel. Nos cobrou R$ 13,00 pelo pote e sem direito a desconto. Afinal era bastante trabalhoso um trabalho de apicultor. Quando ele saiu por alguns intantes para pegar o troco. Perguntamos ao menino que estava por perto se ele também colocava a mão na cumbuca e ele nos respondeu: "Não, essa caixa é só enfeite. A gente compra o mel na cidade.". Fiquei pasma com o teatro e sua cenografia. Por alguns instantes acreitei. Eu e Mauricio nem nos olhamos na hora para evitar uma reação brusca que pudesse espantar as galinhas.
Depois continuamos no passeio e o charreteiro nos ofereceu uma ida até a fabrica de sapatilhas. Fomos atendidos por um senhor extremamente mal-humorado que de cara nos perguntou se queríamos provar algo, pois caso contrário ele estaria fechando a loja para seu almoço. Rapidamente fomos embora, na verdade ele nos fez um favor, porque as sapatilhas eram horríveis.
Depois fomos para o passeio na cidade. Conhecemos o fórum, a igreja, e o prinipal hotel da cidade (Palace Hotel), que era onde estávamos hospedados.
De repente ele encostou a charrete e o passeio tinha acabado. Num piscar de olhos.
Tudo bem. Estava realmente divertido. O povo de Xambacu era bastante receptivo.
No dia seguinte fomos para S. Lourenço, ah, me esqueci de dizer que desistimos da idéia de ir para Tiradentes, pois eram mais 6 horas de estrada e estavámos com os corpos doloridos da viagem.
São Lorenço, graças a Nestlé que se apropriou do principal pólo turístico da região: Parque das Fontes, a cidade vai muito bem obrigado. Nada demais para fazer.
O parque da cidade é lindo. De tirar o chapéu.
No dia seguinte. Ficamos praticamente o dia inteiro no hotel Jogamos tranca e tomamos chá. Brincadeira. Jogamos basquete e tentamos fazer acadêmia, tentamos porque os equipamentos estavam todos prejudicados pela ação do tempo.
Dia seguinte fomos em direção a cidade da moda (ou fora de): Paraty.
Acordamos e pegamos estrada. Paramos em Cunha que é realmente muito lindo, para almoçar. Um lugar chamado Empório Renzi. Fomos bem atendidos, recebidos com uma degustação com 6 tipos de pinga produzidos no local, comemos muito bem e pudemos apreciar uma paisagem linda.
Depois pegamos a estrada de cascalho para Paraty. Fomo parados pelos policiais que estavam no final dela. Revistaram minha bolsa e todo o carro. Mas graças a Deus não usamos drogas, armas e fomos liberados sem muita angustia.

Nossa, amanhã (se der vontade) eu conto de Paraty, pois estou quase dormindo. Só para matar a curiosidade, se é que existe, Não foi nada demais, com exceção de uma loja que descobri de um design de jóias que modela em resina chamado Sobral. Incrível!

Beijos e boa noite.

Daniela Rocha