O que me resta se eu não for aquilo que acredito que sou?
O que fazer com tudo que me surge em mente?
Informações que chegam aos sentidos sem alguma explicação
Me faz os poros transpirar...
A carne treme, a alma sente, nada se explica claramente
Largo rio de pequenas flutuacões
Quando chega este momento, percorro as águas, luto contra o vento
Arrasto razões, procuro noções e nada vejo
Creio que o tudo e o nada são a mesma coisa
Nada vejo, senão a mim mesmo
Tudo vejo, além de mim mesmo
Pequena flutuação num rio indecifravel
Sem Norte nem Sul
Multicores tingindo o meu olhar
Reflexo no além que espanta
Dentro de mim, somente o rio
Aguas que vem e vão numa sequencia inexplicável
As vezes correnteza, as vezes calmaria e as vezes maré baixa
Mas é sempre, só água.
Boa noite/
DRR