Secreta Alma Lavada

Não trabalho, não como, não durmo
Num vazio desconhecido perambulo
Vazio tão vazio que cabe tudo
Um pouco do tudo, desconhecido novo mundo
Um pouco inconstante um muito aspirante
Gélido... vazio constante
Tremula... clarividência da minha alma
Minha frágil casa vazia
O tudo vem, me varre como um rio
Acalorado, denso e quente
Me arrasta, leva tudo
Não sobrou nada
Suja e lava
Revela o meu nada
Escancara o meu vazio
Não trabalho, não como e não durmo
Depois lavrada, nasce tudo
Forte, firme, nova e feliz. O que?
Talvez a vacilante e forte
Raiz insconstante, mis-te-ri-o-sa: secreta alma.

Boa noite

DRR

Um comentário:

Anônimo disse...

vc se sente assim também?